20. Os Ciclos Económicos e a Teoria dos Ciclos Reais de Negócios
20.1 Conceito de Ciclos Económicos
Ocorrem ciclos económicos
quando a atividade económica aumenta ou diminui de velocidade. Um ciclo
económico pode ser definido da seguinte forma: ”Um
ciclo económico é um movimento pendular do produto, do rendimento e do emprego
nacionais totais, com uma duração usual de 2 a 10 anos, caracterizado pela
expansão ou contração generalizadas de muitos setores da economia.” (in
Economia, Samuelson, P.)
Quais os aspetos comuns do
ciclo económico?
Os analistas dividem os
ciclos económicos em fases. Os “pontos altos” e “pontos baixos” são os pontos
de viragem dos ciclos enquanto a “recessão” e a “expansão” são as fases
principais.
O movimento descendente de um
ciclo económico é designado por recessão, que se define como um período
em que o PIB se reduz durante pelo menos 2 trimestres consecutivos.
Não há dois ciclos
económicos iguais, contudo têm frequentemente semelhanças familiares. Se uma
entidade, como por exemplo o INE, anunciar que está prestes a ocorrer uma
recessão, existem alguns fenómenos típicos que se possam esperar que acompanhem
a recessão?
Algumas relações que
caracterizam uma recessão:
- As compras dos consumidores reduzem-se acentuadamente enquanto as existências de automóveis e de outros bens duráveis aumentam inesperadamente. Como as empresas reagem de imediato cortando na produção, o PIB real diminui. Pouco depois, o investimento das empresas em edifícios fabris e equipamento também se reduz.
- A procura de trabalhadores cai – numa primeira fase reduz a semana laboral seguida de dispensas de trabalhadores e de desemprego elevado.
- Com a redução do produto, reduz-se a procura e a oferta de combustíveis e diminuem os preços de muitos bens. A redução dos salários e dos preços é menos provável mas tendem a aumentar menos rapidamente nos períodos de retração económica.
- Os lucros das empresas reduzem-se acentuadamente durante as recessões. Antecipando esta situação, os preços das ações normalmente entram em queda quando os investidores pressentem uma retração económica. Contudo, devido à redução da procura de crédito, as taxas de juro geralmente também se reduzem durante as recessões.
As expansões são as imagens
simétricas das recessões em que cada um dos fatores acima descritos funciona no
sentido oposto.
20.2. A Teoria dos Ciclos Reais de Negócios
20.2.1 O Modelo IS/LM com preços flexíveis
20.2.2 O comportamento da oferta de trabalho: A análise custo-benefício
1) Presença dos incentivos na oferta do fator trabalho;
- Realocação das horas de trabalho ao longo do tempo;
- Salário relativo intertemporal:
A
taxa de juro influencia a atratividade do trabalho:
W/r
↑ => LS ↑ => Y ↑
20.3. Um aumento dos Gastos do Estado no modelo dos Ciclos Reais de Negócios
20.4. Um “choque tecnológico” no modelo dos
ciclos reais de negócios
a) ∆
Oferta Agregada Real > ∆ Procura Agregada Real
20.8. Aspetos
conclusivos
Novos Clássicos
(Teoria dos Ciclos Reais de
Negócios)
- Flexibilidade de preços e
salários;
- Preços e salários ajustam-se
rapidamente por forma a equilibrar a Oferta e a Procura;
- Mercados estão
sistematicamente em equilíbrio;
- As variáveis nominais (oferta
de moeda e preços) não influenciam as variáveis reais (PIB e emprego), isto é,
políticas da DA não afetam o PIB e o emprego;
- Expetativas racionais*
(ǂ dos monetaristas →
expetativas adaptativas)
* Baseiam-se nestas expetativas pois têm a informação disponível,
racionando as suas expetativas, as previsões não são enviesadas;
- Defende a não intervenção do
Estado, pois, como estão bem informados, conhecem as políticas monetárias ou
orçamentais, logo estas não têm eficácia, não influencia Y e L;
- Duas fontes explicam as
flutuações económicas:
- Choque fiscal (ex: ↑G)
- Choque Tecnológico,
- Desemprego voluntário
Nova
Escola Keynesiana
- Rigidez dos preços e
salários;
- Preços e salários ajustam-se
lentamente;
- Variações, políticas da
Procura Agregada afetam o PIB e o emprego, isto porque existe ilusão monetária
(os agentes económicos não se apercebem);
- A Oferta não cria a sua
Procura (acabou a lei de Say);
- Defende a intervenção do
Estado para voltar ao equilíbrio (através das políticas monetária e fiscal);
- Explica as flutuações
económicas através do Modelo IS-LM no curto prazo:
- Política fiscal expansionista
- Política monetária
- Desemprego involuntário
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- Blanchard, O., [Capítulo 30]
- Mankiw, [Capítulo 14]
- Samuelson, P., [Capítulo 32]
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