14. Chamberlin e
Robinson: Os modelos da Concorrência Imperfeita
14.1. Introdução: as
origens Marshallianas da teoria do preço e o estabelecimento de equilíbrio
·
Modelos de
concorrência perfeita e monopólio
·
“Theory of Monopolistic Competition” (EUA)
·
“Economics of Imperfect Competition”
14.2. O Equilíbrio da
Empresa em Joan Robinson
·
Utilizar a teoria do
monopólio para analisar a concorrência.
·
Demonstrar que o equilíbrio
da empresa é afetado pela natureza da reação que as suas decisões terão nos
concorrentes.
·
Demonstrar que a
primeira condição de equilíbrio (Cmg = Rmg) nem sempre assegura um equilíbrio
estável. É necessária uma segunda condição, que a derivada do Cmg seja maior
que a derivada da Rmg, para que a reta de Cmg fique acima da reta da Rmg.
14.2.1 As condições de equilíbrio estável
14.2.2 Equilíbrio com discriminação do preço de
monopólio
Prática
de cobrar preços diferentes a diferentes compradores de um produto ou serviço,
com o objetivo de maximizar o lucro
- Condições de discriminação
Ø Controlo do preço pelo vendedor.
Ø Diferentes elasticidades da procura – para
distinguir os clientes e agrupá-los para cobrar um preço diferente.
Ø Não há transferência de produto e procura de
mercados – Ex: gás ou energia elétrica, ou seja, é impossível a transferência
do serviço de cliente para cliente.
·
Condição
de maximização do lucro (dois segmentos):
14.3. O equilíbrio do
Grupo de Empresas em Chamberlin
·
Hipóteses:
Ø As empresas concorrem não só na base dos preços mas
igualmente com outras variáveis (quantidade, publicidade, marcas, patentes,
localizações,…).
Ø Os mercados possuem elementos concorrenciais e de
monopólio.
·
Significado
de equilíbrio de Grupo:
Ø Análise do impacto das decisões das empresas e nos
seus concorrentes.
v Hipóteses:
Ø Todas as empresas têm custos e funções de procura
idênticas.
Ø Haverá uma empresa representativa do grupo.
O
impacto da alteração do preço nos concorrentes é negligenciável (Curva dd).
Entrada
de novas empresas é restringida (Curva DD).
Curva dd: Mostra o quanto a empresa representativa pensa que
pode vender a todos os preços possíveis, desde que as demais mantenham os seus
preços fixos ao invés de responderem a mudanças de preço que ela poderia iniciar.
É um grande grupo pois o impacto da alteração do preço sobre os seus
concorrentes é negligenciável.
Curva DD: Mostra o quanto a
empresa representativa pensa que pode vender a todos os preços possíveis se os
seus concorrentes cobrarem o mesmo preço que ela, ou seja, se uma empresa varia
o seu preço, as outras também tomam a mesma atitude.
A
diferença entre Grande e Pequeno Grupo depende do padrão de reação
(elasticidade e movimento da curva dirigida à empresa).
O
equilíbrio é compatível com o lucro no curto prazo e no longo prazo.
Grupo Grande:
Neste
caso, novas empresas tenderão a ser atraídas pela presença de lucros puros,
precisamente como no caso em que a concorrência é pura.
Se
houver lucros puros, o grupo deslocar-se-á para uma posição de equilíbrio em
que o lucro puro será eliminado.
O
equilíbrio quando D = RMe é tangente ao CMeLP e o preço igual a este.
Para
que no longo prazo tanto a empresa como o grupo estejam em equilíbrio, é
preciso que o preço iguale o CMe de curto e longo prazo e que os Cmg estejam a
aumentar e igualem as Rmg.
Isto
mostra que o produto de equilíbrio das empresas que produzem sob concorrência
monopolista não pode ser ótimo. Isso acontece porque a curva de procura será
sempre tangente à curva de CMe em algum lugar à esquerda do seu ponto mais
baixo.
O
preço iguala o custo médio mas não o Cmg, como é o caso sob concorrência
perfeita.
Assim,
em comparação com a concorrência perfeita, a empresa monopolista produz
necessariamente um volume menor a um CMe mais elevado.
- Ekelund, R.B. and Hérbert, R.F., [Cap.17]
- Rima, I.H., [Cap. 17]
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