sábado, 7 de março de 2015

A (MINHA) HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÓMICO - Capítulo14. Chamberlin e Robinson: Os modelos da Concorrência Imperfeita

14. Chamberlin e Robinson: Os modelos da Concorrência Imperfeita      

 

14.1. Introdução: as origens Marshallianas da teoria do preço e o estabelecimento de equilíbrio


·         Modelos de concorrência perfeita e monopólio
·         “Theory of Monopolistic Competition” (EUA)
·         “Economics of Imperfect Competition”

14.2. O Equilíbrio da Empresa em Joan Robinson


·         Utilizar a teoria do monopólio para analisar a concorrência.
·         Demonstrar que o equilíbrio da empresa é afetado pela natureza da reação que as suas decisões terão nos concorrentes.
·         Demonstrar que a primeira condição de equilíbrio (Cmg = Rmg) nem sempre assegura um equilíbrio estável. É necessária uma segunda condição, que a derivada do Cmg seja maior que a derivada da Rmg, para que a reta de Cmg fique acima da reta da Rmg.



 14.2.1 As condições de equilíbrio estável


De seguida apresentam-se três gráficos:



























































14.2.2 Equilíbrio com discriminação do preço de monopólio


Prática de cobrar preços diferentes a diferentes compradores de um produto ou serviço, com o objetivo de maximizar o lucro
  •          Condições de discriminação

Ø  Controlo do preço pelo vendedor.
Ø  Diferentes elasticidades da procura – para distinguir os clientes e agrupá-los para cobrar um preço diferente.
Ø  Não há transferência de produto e procura de mercados – Ex: gás ou energia elétrica, ou seja, é impossível a transferência do serviço de cliente para cliente.



·         Condição de maximização do lucro (dois segmentos):



































14.3. O equilíbrio do Grupo de Empresas em Chamberlin


·         Hipóteses:
Ø  As empresas concorrem não só na base dos preços mas igualmente com outras variáveis (quantidade, publicidade, marcas, patentes, localizações,…).
Ø  Os mercados possuem elementos concorrenciais e de monopólio.

·         Significado de equilíbrio de Grupo:
Ø  Análise do impacto das decisões das empresas e nos seus concorrentes.


v  Hipóteses:
Ø  Todas as empresas têm custos e funções de procura idênticas.
Ø  Haverá uma empresa representativa do grupo.

O impacto da alteração do preço nos concorrentes é negligenciável (Curva dd).


Entrada de novas empresas é restringida (Curva DD).





















Curva dd: Mostra o quanto a empresa representativa pensa que pode vender a todos os preços possíveis, desde que as demais mantenham os seus preços fixos ao invés de responderem a mudanças de preço que ela poderia iniciar. É um grande grupo pois o impacto da alteração do preço sobre os seus concorrentes é negligenciável.

Curva DD: Mostra o quanto a empresa representativa pensa que pode vender a todos os preços possíveis se os seus concorrentes cobrarem o mesmo preço que ela, ou seja, se uma empresa varia o seu preço, as outras também tomam a mesma atitude.


A diferença entre Grande e Pequeno Grupo depende do padrão de reação (elasticidade e movimento da curva dirigida à empresa).




O equilíbrio é compatível com o lucro no curto prazo e no longo prazo.












































Grupo Grande:

























Neste caso, novas empresas tenderão a ser atraídas pela presença de lucros puros, precisamente como no caso em que a concorrência é pura.

Se houver lucros puros, o grupo deslocar-se-á para uma posição de equilíbrio em que o lucro puro será eliminado.

O equilíbrio quando D = RMe é tangente ao CMeLP e o preço igual a este.

Para que no longo prazo tanto a empresa como o grupo estejam em equilíbrio, é preciso que o preço iguale o CMe de curto e longo prazo e que os Cmg estejam a aumentar e igualem as Rmg.

Isto mostra que o produto de equilíbrio das empresas que produzem sob concorrência monopolista não pode ser ótimo. Isso acontece porque a curva de procura será sempre tangente à curva de CMe em algum lugar à esquerda do seu ponto mais baixo.

O preço iguala o custo médio mas não o Cmg, como é o caso sob concorrência perfeita.


Assim, em comparação com a concorrência perfeita, a empresa monopolista produz necessariamente um volume menor a um CMe mais elevado.




  •          Ekelund, R.B. and Hérbert, R.F., [Cap.17]
  •          Rima, I.H., [Cap. 17]













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