terça-feira, 31 de março de 2015

A (MINHA) ECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO - 3ª Parte



3- A DEFINIÇÃO DE ECONOMIA CLÍNICA


O economista que teve a ideia de surgir com esta expressão foi Jeffrey D. Sachs (um dos meus economistas favoritos).
Comparou um país economicamente doente a um paciente na medicina tradicional. A partir daí, teve a ideia de traçar um guia diagnóstico para analisar, de acordo com o mesmo raciocínio, os países.
Foi e é um crítico do FMI e da forma como atuam.
“…Os programas do FMI e do Banco Mundial e a era do ajustamento estrutural foram concebidos para tratar as quatro doenças que se julgava estarem subjacentes em todos os males económicos: má governação, excessiva intervenção governamental nos mercados, gastos governamentais excessivos e demasiada propriedade estatal…” (in O Fim da Pobreza, 2006).
De facto, estas duas instituições determinavam e continuam a determinar receitas para os países onde intervêm desadequadas à realidade de cada país. O caso da intervenção da troika nos países europeus não tem sido diferente.




GUIA PARA UM DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL PARA AVALIAÇÃO DE UM PAÍS



Guia para um diagnóstico diferencial


I. Armadilha da pobreza
  • Mapeamento da pobreza
  • Proporção de famílias sem necessidades básicas satisfeitas
  • Distribuição espacial das famílias pobres
  • Distribuição espacial das infraestruturas básicas (eletricidade, estradas, telecomunicações, água e saneamento)
  •  Distribuição da pobreza de acordo com a presença étnica, de género e geracional
  •  Fatores de risco críticos:
    • Tendências demográficas
    • Tendências naturais
    •  Choques climáticos
    • Doenças
    • Flutuação dos preços das matérias-primas
    • Outros
II. Estrutura da política económica
  • Ambiente para a realização de negócios
  • Política comercial
  •  Política de investimento
  •  Infraestruturas
  •  Capital humano
III. Estrutura fiscal e armadilha fiscal
  •  Receitas e despesas do setor público por categoria:
    • Percentagem do PIB
    • Níveis absolutos em comparação com as normas internacionais 
  • Administração fiscal e gestão de despesas
  •  Que meta de redução de pobreza tem o investimento público
  • Instabilidade macroeconómica
  • Projeção da dívida do setor público
  • Dívida quase orçamental e dívida oculta
  • Estrutura da despesa do setor público a médio prazo

IV. Geografia física
  • Condições de transporte:
    • Proximidade da população a portos, rotas internacionais de comércio, vias aquáticas navegáveis
    • Acesso da população a estradas asfaltadas
    • Acesso da população a transporte motorizado
    • Outros
  • ·         Densidade populacional:
    • Custos de ligação à eletricidade, telecomunicações, estradas
    • Terra arável per capita
    • Impactos ambientais dos rácios população-terra
  • ·         Condições agrícolas:
    • Temperatura, precipitação, exposição solar
    •  Duração e fiabilidade das épocas de crescimento das culturas
    • Solos, topografia, adequação para irrigação
    • Variabilidade climática interanual (por exemplo, El Niño)
    • Tendências de longo prazo nos padrões climáticos
  • ·         Ecologia das doenças:
    • Doenças humanas
    • Doenças das plantas e pragas
    • Doenças animais


V. Padrões e falhas de governação
  •  Direitos civis e políticos
  • Sistemas de gestão pública
  •  Descentralização e federalismo fiscal
  • Intensidade e estrutura da corrupção
  • Sucessão e longevidade política
  •  Violência e segurança internas
  •  Violência e segurança transfronteiriças
  • Divisões étnicas, religiosas e outras divisões culturais

VI. Barreiras culturais
  •  Relações entre os géneros
  •  Divisões étnicas e religiosas
  • Diáspora

VII. Geopolítica
  •  Relações internacionais de segurança
  • Ameaças transfronteiriças à segurança:
    • Guerra
    • Terrorismo
    • Refugiados
  •  Sanções internacionais
  •  Barreiras ao comércio

sábado, 28 de março de 2015

DO TERCEIRO AO PRIMEIRO MUNDO NUMA GERAÇÃO - Por João Ramos e Jorge N. Rodrigues (in Expresso de 28/3/2015)

DO TERCEIRO AO PRIMEIRO MUNDO NUMA GERAÇÃO

O fundador de Singapura, Lee Kuan Yew, faleceu esta semana deixando um modelo de “milagre económico” que serviu de inspiração para a mudança na China. Mas o “leão” do estreito tem os seus calcanhares de Aquiles.


Com a morte do fundador Lee Kuan Yew, uma das cidades-estados mais ricas do mundo voltou à ribalta. É o caso mais espantoso de ‘salto’ de uma condição terceiro-mundista para um nível de Primeiro Mundo em apenas uma geração, como o próprio Lee escolheu para título de um dos seus livros de memórias.

Com uma área insular inferior à ilha da Madeira, a cidade (pura em sânscrito) do leão (singa) tornou-se o líder em PIB per capita do ‘clube’ dos “tigres” asiáticos. De 20% do PIB norte-americano em paridade de poder de compra, aquando da autodeterminação deste porto estratégico em relação ao império britânico, em 1959, Singapura regista hoje perto de 120%. Se comparada com a Jamaica, outra colónia britânica que ganhou a independência em 1962 e que tinha então um PIB similar, a cidade do leão regista hoje uma economia 20 vezes superior. É considerada a 8ª economia do mundo mais inovadora, pelo índice anual da Bloomberg, e o 7º estado menos corrupto à escala mundial, segundo a Transparência Internacional.

O modelo parlamentar de um só partido até 1981 baseado num planeamento estratégico por parte do Governo e alavancado em empresas ligadas ao Estado em setores estratégicos, seduziu – e ainda seduz – muitos governos e políticos. O porto estratégico criado pelos britânicos nos Estreitos foi potenciado pela visão política de Lee. A pequena cidade tornou-se um nó das multinacionais em diversas cadeias de fornecimento mundial. O porto ganhou a liderança internacional desalojando os holandeses. Hoje, Singapura é a terceira economia mais aberta do mundo, com as exportações e reexportações a valerem 190,5% do PIB.

Uma das influências de maior peso do ‘modelo’ de Singapura foi junto da China. O obreiro da mudança chinesa, Deng Xiaoping, ficou impressionado quando visitou a cidade-estado em 1978. Em abono da verdade, os arquitetos do ‘milagre’ económico de Singapura foram um doutorado em Economia, Goh Keng Swee, vice-primeiro-ministro de Lee entre 1973 e 1984, que acabou por ser, também, um dos conselheiros da estratégia económica chinesa, e Albert Winsemius, um conselheiro holandês das Nações Unidas, recorda-nos Linda Lim, nascida em 1950, doutorada pela Universidade de Michigan (EUA) em 1978, onde é professora de estratégia desde então.



Modelo político ainda atrai

“No Ocidente sempre se apreciará Lee Kuan Yew com um ‘sim, mas’”, diz-nos o futurista John Naisbitt, o criador das “megatendências” nos anos de 1980 e atualmente radicado com a mulher, Doris, na cidade chinesa de Tanjing. “No nosso último livro publicado em janeiro, ‘A Mudança do Jogo Global’, dedicamos um capítulo ao desempenho dos governos em contextos de mudança. Porque não aproveitar a morte de Lee para fazer uma pausa e refletir sobre a comparação dos governos europeus e Singapura? Sim, temos liberdades que os cidadãos de Singapura não têm, mas isso também tem um preço”.
“Para quem cá vive a perceção do défice democrático não existe ou não é visível. As regras são claras e razoáveis e a aplicação da lei é igual para qualquer cidadão”, diz-nos Carlos Lopes, diretor-geral da área de consumo e canal da Microsoft para a região da Ásia Pacífico, um expatriado português que vive na cidade-estado desde 2008. O Governo de Singapura desenvolveu inclusive uma estratégia de captação de talento estrangeiro que designa por PMET (acrónimo em inglês para profissionais, gestores, executivos e tecnólogos), o que é favorecido pelo facto de a cidade se ter transformado em sede regional de multinacionais e laboratórios de Investigação e Desenvolvimento e no segundo centro financeiro de offshore de Renminbi (a divisa chinesa).



Mais do mesmo já não dá

Mas o que ainda é designado por “modelo de Singapura” sofreu já muitas mudanças desde que Lee saiu de primeiro-ministro em 1990 e passou a “ministro sénior” e, depois, a “ministro mentor” em 2004 quando o seu filho Lee Hsien Loong tomou o lugar de chefe do Governo. Os sinais da economia são preocupantes. O crescimento do PIB desceu para 2,1% em 2014 e não deverá ultrapassar o patamar dos 3% mas previsões do FMI para 2015 e 2016, um nível inferior aos dos outros três “tigres” asiáticos (Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan). A produtividade decresceu 0,8% em 2014. “A baixa produtividade ao longo de várias décadas é o verdadeiro calcanhar de Aquiles”, diz Linda Lim. Acrescem as tensões geradas por um modelo que se baseia num exército de mão-de-obra imigrada não residente, de baixas qualificações, que passou de 311 mil em 1990 para 1,6 milhões em 2014.

O ponto de viragem político, refere Linda Lim, ocorreu com as eleições gerais de maio de 2011, quando o Partido de Ação Popular criado por Lee desceu para 60% dos votos, o que permitiu a eleição de deputados por um partido da oposição: o Partido dos Trabalhadores, com cerca de 13% dos votos, conseguiu eleger sete deputados. A economista tem chamado a atenção desde há muito tempo para a necessidade de não continuar a fazer “mais do mesmo”.





























quarta-feira, 18 de março de 2015

Direitos fundamentais foram afetados pela crise, sobretudo o do trabalho, por ANDREIA SANCHES (in PÚBLICO de 18/3/2015)

Direitos fundamentais foram afetados pela crise, sobretudo o do trabalho
ANDREIA SANCHES 
17/03/2015 - 19:47
Relatório publicado pelo Parlamento Europeu avalia “o impacto da crise nos direitos fundamentais” em sete países. E deixa recomendações para que sejam preservados no futuro.

A primeira frase do documento dedicado a Portugal resume assim o “severo” impacto da crise no país: “O desemprego mais do que duplicou desde 2008, a emigração atingiu números recorde (mais de 300 mil pessoas saíram do país nos últimos três anos) e o PIB encolheu para níveis de 2000.” Pelo caminho, vários direitos fundamentais “foram afetados”, sobretudo o direito ao trabalho. Estas são conclusões de um relatório publicado nesta terça-feira pelo Parlamento Europeu (PE) sobre “o impacto da crise nos direitos fundamentais” em sete países: Portugal, Espanha, Grécia, Chipre, Irlanda, Itália e Bélgica.
Os relatórios, um para cada país, mais um comparativo, foram elaborados a pedido da comissão parlamentar das Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos. No documento sobre Portugal faz-se a breve história da austeridade, desde que foi publicado o Orçamento do Estado para 2010, com “as primeiras medidas”. Para cada área, deixam-se recomendações para assegurar o “pleno gozo dos direitos fundamentais no futuro”. O PÚBLICO selecionou cinco.
Direito à educação
Os direitos das crianças portuguesas foram bastante afetados, sobretudo no que diz respeito à educação, refere-se. Diz-se, por exemplo, que a austeridade teve um impacto grande “na qualidade das escolas públicas”, que houve cortes com “efeitos sérios” na educação especial, que as condições de trabalho dos professores são hoje piores “do que há uma década”, que o abandono escolar está a aumentar. Relata-se ainda que a taxa de desemprego entre os professores subiu 151%, devido, entre outras, à redução dos apoios aos alunos nas escolas e à extinção de áreas não curriculares. E recomenda-se: são necessárias medidas para resolver os problemas mais urgentes da Educação, que passam por aumentar o investimento público no sector, reduzir o número de alunos por turma, reinvestir na educação especial e nos apoios que são dados às crianças com necessidades especiais.
Direito ao trabalho
“O direito ao trabalho foi provavelmente o mais afetado pelas medidas de austeridade” em Portugal, lê-se. E recapitulam-se medidas que para isso contribuíram: cortes salariais no sector público (aconteceu o mesmo no Chipre, na Grécia, na Irlanda); alterações nas regras de despedimento coletivo, nomeadamente com base no argumento da “extinção de posto de trabalho”; redução significativa das indemnizações a pagar, algo que também aconteceu em Espanha; congelamento do salário mínimo (na Grécia, começou por ser congelado e acabou por ser reduzido, em Portugal decidiu-se um aumento a partir de Outubro de 2014).
O relatório nota que o desemprego disparou nos últimos anos e que Portugal, a par da Espanha, são dos que registam as mais altas taxas de desemprego jovem (53% e 34% em Novembro de 2014, respetivamente). Algumas recomendações deixadas: são precisas políticas ativas de promoção do emprego, “que levem em conta as necessidades das pequenas e médias empresas”; é preciso dar atenção especial a grupos mais vulneráveis (como os jovens) e seria útil promover contratos de trabalho mais estáveis. Citando um outro estudo, de 2013, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), reitera-se a necessidade de se fazer uma avaliação dos resultados das mudanças laborais dos últimos anos, “que não parecem ter tido seguidas por mais ou melhor emprego”.
Mais: “A austeridade também afetou a negociação coletiva.” E cita-se de novo a OIT ao dizer-se que “a clara redução do número de acordos coletivos de trabalho [registada nos últimos anos] pode ter sérias consequências económicas e sociais, especialmente porque tende a conduzir a uma redução dos salários e a uma deterioração das condições de trabalho”. Contactado pelo PÚBLICO, José Silva Peneda, presidente do Conselho Económico e Social, refere que não conhece o trabalho do PE divulgado nesta terça-feira. Mas que a crítica ao que se tem passado com a negociação coletiva, “um dos pilares da construção do modelo social europeu”, é “muito justa”. E lembra que ele próprio, ouvido como perito, no ano passado, pelo PE, defendeu que a “forte restrição à publicação de portarias de extensão (...) conduzirá inevitavelmente à desregulação do mercado de trabalho”. As portarias de extensão permitem alargar as condições de trabalho negociadas entre as associações patronais e os sindicatos a todos os trabalhadores de um determinado sector.

Direito à saúde
“Todos os Estados-membros adotaram medidas que afetaram o acesso à saúde”, sendo que só a Bélgica tomou medidas para minorar os problemas, nota-se. Em Portugal, diz o relatório, fecharam-se unidades de saúde, aumentaram-se taxas moderadoras, foi reduzida a disponibilidade de transporte grátis para as unidades de saúde dos doentes não-urgentes. O acesso à saúde é hoje mais difícil: “Habitantes do interior do país e das regiões mais isoladas têm cada vez mais dificuldades” em aceder aos serviços. Mas, reconhece-se, nem todas as reformas tiveram impacto negativo. Por exemplo: a redução dos preços dos medicamentos e a prescrição eletrónica, também introduzida na Grécia, que permite controlar excesso de prescrição. Citando-se as recomendações do Observatório Português dos Sistemas de Saúde sugere-se, entre outras, “a avaliação e revisão das normas que regulam as taxas moderadoras e as isenções”.

quarta-feira, 11 de março de 2015

A (MINHA) HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÓMICO - Capítulo 20. Os Ciclos Económicos e a Teoria dos Ciclos Reais de Negócios



20. Os Ciclos Económicos e a Teoria dos Ciclos Reais de Negócios


20.1 Conceito de Ciclos Económicos


Ocorrem ciclos económicos quando a atividade económica aumenta ou diminui de velocidade. Um ciclo económico pode ser definido da seguinte forma: ”Um ciclo económico é um movimento pendular do produto, do rendimento e do emprego nacionais totais, com uma duração usual de 2 a 10 anos, caracterizado pela expansão ou contração generalizadas de muitos setores da economia.” (in Economia, Samuelson, P.)


Quais os aspetos comuns do ciclo económico?



Os analistas dividem os ciclos económicos em fases. Os “pontos altos” e “pontos baixos” são os pontos de viragem dos ciclos enquanto a “recessão” e a “expansão” são as fases principais.


O movimento descendente de um ciclo económico é designado por recessão, que se define como um período em que o PIB se reduz durante pelo menos 2 trimestres consecutivos.


Não há dois ciclos económicos iguais, contudo têm frequentemente semelhanças familiares. Se uma entidade, como por exemplo o INE, anunciar que está prestes a ocorrer uma recessão, existem alguns fenómenos típicos que se possam esperar que acompanhem a recessão?


Algumas relações que caracterizam uma recessão:
 

  • As compras dos consumidores reduzem-se acentuadamente enquanto as existências de automóveis e de outros bens duráveis aumentam inesperadamente. Como as empresas reagem de imediato cortando na produção, o PIB real diminui. Pouco depois, o investimento das empresas em edifícios fabris e equipamento também se reduz.
  •  A procura de trabalhadores cai – numa primeira fase reduz a semana laboral seguida de dispensas de trabalhadores e de desemprego elevado.
  • Com a redução do produto, reduz-se a procura e a oferta de combustíveis e diminuem os preços de muitos bens. A redução dos salários e dos preços é menos provável mas tendem a aumentar menos rapidamente nos períodos de retração económica.
  •  Os lucros das empresas reduzem-se acentuadamente durante as recessões. Antecipando esta situação, os preços das ações normalmente entram em queda quando os investidores pressentem uma retração económica. Contudo, devido à redução da procura de crédito, as taxas de juro geralmente também se reduzem durante as recessões.

 

As expansões são as imagens simétricas das recessões em que cada um dos fatores acima descritos funciona no sentido oposto.






20.2. A Teoria dos Ciclos Reais de Negócios


20.2.1 O Modelo IS/LM com preços flexíveis


















20.2.2 O comportamento da oferta de trabalho: A análise custo-benefício


1)    Presença dos incentivos na oferta do fator trabalho;
2)    Substituição intertemporal do trabalho;
  • Realocação das horas de trabalho ao longo do tempo;
  • Salário relativo intertemporal:
 








A taxa de juro influencia a atratividade do trabalho:

                                                  W/r ↑ => LS ↑ => Y ↑

                                    





















20.3. Um aumento dos Gastos do Estado no modelo dos Ciclos Reais de Negócios
















20.4. Um “choque tecnológico” no modelo dos ciclos reais de negócios

a)    ∆ Procura Agregada Real > ∆ Oferta Agregada Real















a)    ∆ Oferta Agregada Real > ∆ Procura Agregada Real






















































20.8. Aspetos conclusivos

 Novos Clássicos

(Teoria dos Ciclos Reais de Negócios)

- Flexibilidade de preços e salários;
- Preços e salários ajustam-se rapidamente por forma a equilibrar a Oferta e a Procura;
- Mercados estão sistematicamente em equilíbrio;
- As variáveis nominais (oferta de moeda e preços) não influenciam as variáveis reais (PIB      e emprego), isto é, políticas da DA não afetam o PIB e o emprego;
- Expetativas racionais*
(ǂ dos monetaristas → expetativas adaptativas)
* Baseiam-se nestas expetativas pois têm a informação disponível, racionando as suas          expetativas, as previsões não são enviesadas;
- Defende a não intervenção do Estado, pois, como estão bem informados, conhecem as        políticas monetárias ou orçamentais, logo estas não têm eficácia, não influencia Y e L;
- Duas fontes explicam as flutuações económicas:
  •          Choque fiscal (ex: ↑G)
  •           Choque Tecnológico,

- Desemprego voluntário



Nova Escola Keynesiana


- Rigidez dos preços e salários;
- Preços e salários ajustam-se lentamente;
- Variações, políticas da Procura Agregada afetam o PIB e o emprego, isto porque existe        ilusão monetária (os agentes económicos não se apercebem);

 - A Oferta não cria a sua Procura (acabou a lei de Say);

 - Defende a intervenção do Estado para voltar ao equilíbrio (através das políticas                     monetária e fiscal);

- Explica as flutuações económicas através do Modelo IS-LM no curto prazo:
  •          Política fiscal expansionista
  •          Política monetária

- Desemprego involuntário




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
  •          Blanchard, O., [Capítulo 30]
  •          Mankiw, [Capítulo 14]
  •          Samuelson, P., [Capítulo 32]