sábado, 11 de abril de 2015

PROPOSTAS PARA PROGRAMA DE GOVERNO - Partindo dos resultadas da análise/diagnóstico por mim feita

Comecemos pela educação e mercado de trabalho…

3.1 – Educação e Mercado de Trabalho

3.1.1 – O Caso da Empregabilidade no Período Pós-Universidade e Pós-Fim de Ensino Secundário (via Técnico-profissional)

Em primeiro lugar temos de perceber qual o nível de empregabilidade de cada universidade e/ou instituto politécnico.

Podemos dividi-los em dois: com alto nível de empregabilidade regional e alto nível de empregabilidade nacional.

O caso regional é, por exemplo, a Universidade do Algarve, UBI, UTAD, Universidade de Évora e Instituto Politécnicos da mesma área regional, cuja empregabilidade desses cursos é máxima na região onde estão inseridos. Ou seja, se uma pessoa de Torres Vedras for para uma destas Universidades ou Politécnicos terá de ter em consideração a forte hipótese de ficar a viver e trabalhar na região onde fez o curso. As de Lisboa, Porto e Coimbra são de empregabilidade de cariz nacional. Embora cada caso seja um caso, a nível internacional a localização das universidades não é de grande relevância mas sim a qualidade dos cursos, seja de que região for.

No caso dos ensinos Técnico-profissionais das escolas secundárias, estes devem existir em concordância com a Procura por parte das entidades patronais de cada região (facto comum às Universidades e Politécnicos de cariz regional).


- Qual o papel a desempenhar pelo IEFP nestes casos?
Tanto o IEFP como o INE têm acesso direto às estatísticas da procura no mercado de trabalho de cada região. Como tal, deve trabalhar em parceria com as instituições de ensino de forma a garantir uma oferta mais aproximada possível da procura no mercado de trabalho.


- E qual o papel das universidades e politécnicos?
Terem o cuidado de oferecer apenas cursos que estejam ajustados à procura no mercado de trabalho, que nem sempre é igual à procura por parte dos estudantes, dado que o objetivo é conseguir a máxima eficiência destes cursos no mercado laboral. Para isso também oferecem estágios profissionais e a hipótese de estudar em outras universidades europeias. Instituições como a AIESEC, Programa Sócrates e Erasmus são algumas vias para este tipo de fins.


-E qual o papel do ensino secundário técnico de cada região?
De notar que os alunos que frequentam este ensino adquirem a mesma linguagem técnica que os estudantes universitários da mesma área adquirem.
Para estes casos ainda é de maior relevância a existência de parcerias não só com o IEFP, como também das Câmara Municipais e Juntas de Freguesia no sentido de preparar estes estudantes para a vida no mercado laboral. A Câmara Municipal de Torres Vedras, por exemplo, tem um programa de estágios no estrangeiro, a começar no início de 2015, onde se incluem os alunos que saíram do ensino secundário e têm idade até 35 anos. Exemplo que deve ser copiado por todas as autarquias do país.


- Um outro caso onde o IEFP pode ter grande importância para diminuir a taxa de desemprego
Aqui deve-se fazer referência aos casos crónicos de desemprego, alguns devido a doenças crónicas que não lhes permite o acesso a mercado laboral no setor privado e outros porque tendo idade superior a 55 anos, ficam numa situação que nem se podem reformar e nem têm condições mínimas necessárias para serem reintegrados no setor privado (casos de desemprego dificílimos de resolver, mesmo que estivéssemos em período fértil em termos de empregabilidade).


Como fazê-lo?

Tendo como ferramenta estatística a procura no mercado laboral, através de reuniões de brainstorming com os desempregados nesta situação, deve avaliar as suas competências e verificar se é possível ajustá-las à procura laboral. Se necessário, os desempregados deverão fazer ações de formação que se ajustem mais e, se possível, oferecerem a possibilidade destes desempregados criarem um conjunto vasto de empresas onde se auto empreguem e deem trabalho a outros desempregados em situação semelhante. Empregados esses que depois vão sendo substituídos pelas pessoas que entretanto entraram na idade de reforma. Estas empresas poderão eventualmente ter direitos fiscais semelhantes a Associações e I.P.S.S., mesmo que não sejam empresas desse tipo.
Temos de ter em atenção que menos desemprego significa menos gastos em prestações sociais e mais receitas para a Segurança Social, por exemplo. Ou seja, não só diminui a despesa estatal como também aumenta a receita do estado (equivalente a resolver dois problemas com uma só medida).

3.1.2 – Financiamento das universidades e institutos politécnicos

As fontes de financiamento vindas dos Orçamentos de Estado têm em vista o seu uso para investigação e criação de receitas próprias. Uma das medidas exigidas pelas universidades no início deste século foi a de os docentes fossem todos doutorados e, a partir daí, fosse-lhes exigido a publicação mensal de papers em revistas científicas. Quanto maior for o financiamento mais margem de manobra têm para fazer investigação com receitas mais elevadas associadas a essa mesma investigação, garantindo, desta forma, uma maior produtividade por parte dos docentes.
Não duvido da existência de financiamento vindo da União Europeia, mas a minha experiência como funcionário da Universidade do Algarve foi a de ver fundos comunitários a serem utilizados de forma ineficiente.

3.1.2.1 – Maior exigência às empresas privadas e outras empresas do setor estatal para trabalharem em parceria com as universidades

Tendo em conta que uma das funções das universidades é a investigação. As empresas privadas e outras instituições estatais devem apostar em parcerias com as Instituições de Ensino Superior com o objetivo de adotar estratégias para aumento da produtividade das mesmas.

3.1.2.2 – O Caso do Pagamento de Propinas através de empréstimos bancários

Este tipo de situação acontece muito com trabalhadores-estudantes. Faz todo o sentido as Universidades e Politécnicos darem a hipótese destes alunos pagarem 10% da propina em 10 mensalidades (de Outubro a Julho).

3.1.2.3 – O Caso Imposto sobre prémios de jogo acima de 5000€


Eu falo sobre isto neste subponto pois tive a seguinte ideia: todas receitas de jogo superiores a 10.000€ que forem para o Estado, passarem a ser canalizados para investimento em projetos universitários que tenham como objetivo o aumento da empregabilidade e da produtividade.



3.1.3 – Ministério da Educação

Terá de se adotar politicas de continuidade, alterando a ajustando a oferta de cursos técnicos à procura existente e esperada futura.

Medidas de fecho de escolas por falta de alunos têm de ser bem medidas. Vejamos o exemplo abaixo de 6 escolas do ensino básico e secundário de um concelho:


Em que a Escola 1 é considerada a escola modelo, apesar de ter uma média de 22 alunos por turma. A Escola 2, a escola que teve mais investimento público mas que ainda não está na sua máxima eficácia e eficiência. As restantes escolas não têm nem sequer 10 alunos por turma.
O que vimos foi fundirem-se numa só, desfazendo e desaproveitando o investimento público já efetuado nesse concelho. O que deveria ter sido feito era manter a escola 1 inalterada (na pior hipótese apenas uma das escolas 3, 4, 5 ou 6 se poderiam fundir com a escola 1) e seria na escola 2 que seriam integradas as restantes escolas. Só assim o gasto corrente com a educação nesse concelho seria eficaz e eficiente (não esquecendo, como é óbvio, o constante ajustamento necessários da oferta de cursos técnicos para que se garanta a empregabilidade máxima).


3.1.3.1 – O Problema anual da colocação de docentes

Devido a uma acentuada diminuição da natalidade, o país começou a perder bastantes alunos e a consequência foi uma oferta excessiva de docentes relativamente ao nº de alunos existente. Já há quase uma década que se devia ter eliminado os cursos para serem futuros docentes, dado haver uma necessidade crescente de ajustar a oferta de lugares para a docência à procura efetuada pelos docentes.



3.2 – O Caso da Segurança Social

Pelo que apresentei no ponto 3.1, em termos de sugestões, mesmo aplicando essas mesmas sugestões à letra, não parece ser possível a sustentabilidade da Segurança Social a longo prazo.

A verdade é que os descontos que os contribuintes fazem terão de subir forçosamente. A grande questão é “de que forma os mesmos poderão ser repartidos entre entidade patronal e empregados?”.

Se sobrecair apenas sobre os funcionários, isso pode fazer com que a procura interna baixe ainda mais devido à consequente diminuição do rendimento disponível das famílias. Caso seja apenas sobre a entidade patronal ou sobre ambas, aumentam os custos com o trabalho por parte das empresas, dificultando-lhes a competitividade.

Contudo, devido a mais de 99% do tecido empresarial ser pequenas e médias empresas, não me parece que isso fosse sinónimo de uma perda de competitividade dramática. Associada a um aumento da TSU a incidir sobre ambos ou só sobre a entidade patronal, se juntar medidas como por exemplo a eliminação do Pagamento Especial por Conta em IRC (mantendo a mesma taxa de IRC), ficar-se-ia (no caso das empresas que são sociedades) com um custo unitário por trabalhador semelhante, dado que esta medida no IRC iria permitir acréscimo de liquidez correspondente ao aumento da TSU (terá é de se saber qual a percentagem adicional de TSU que corresponde a uma diminuição de receita em IRC no primeiro ano em que esta medida for aplicada, dado que nos seguintes anos o efeito da eliminação do P.E.C. em IRC passaria a ser nulo). Com as medidas referidas no ponto 3.1, a competitividade das empresas irá aumentar de forma natural e, com isso, o acréscimo de PIB também tenderia a ser maior, provocando um efeito dominó positivo na economia que iria permitir aumentar receitas dos impostos sem ter necessidade de aumentar a carga fiscal ao nível de IVA, IRC e IRS.

Por outro lado a parceria entre ministérios iriam contribuir para uma maior eficiência e eficácia das despesas correntes.

Neste sentido, o Simplex começado na primeira governação de Sócrates, que ainda tem muita margem de manobra, pode ajudar a uma necessidade menor de funcionários públicos a médio e longo prazo (não sendo isto sinónimo de diminuição da despesa corrente em custos com pessoal).

Vejamos o seguinte exemplo, que um contribuinte desabafou no facebook:

Foi dia de ir ás Finanças pedir reavaliação do IMI. Processo simples e contudo tão caricato:

1. Entregam-me um impresso A, que deverá ser preenchido manualmente em duplicado.

2. Entregam-me uma impressão (chamemos impresso B) onde constam todas as informações relativamente ao apartamento e prédio onde moro, que irei necessitar para preencher o impresso A.

3. Sento-me numa mesinha a literalmente copiar a informação do impresso B, para o impresso A (em duplicado).

4. Entrego o impresso A à senhora das finanças, que por sua vez introduz no computador os dados que acabei de preencher e que (para os mais distraídos), me tinham sido disponibilizados no impresso B, e que (presumo!) já estariam no mesmo computador.

5. Processo finalizado, sendo informado que ainda bem que fui lá, pois o meu IMI irá baixar significativamente, no próximo ano.

Poderia agora dizer muitas coisas, mas penso que o caricato da situação fala por si. No entanto, e como não devemos só apontar as coisas negativas, fui atendido após 15mn de ter chegado às finanças, e por uma simpática senhora,
bastante disponível durante todo o processo!”

Acredito que neste tipo de processos burocráticos, bem como em alguns pedidos de certidões, algumas das quais feitas nas Juntas de freguesia de cada concelho, através de algumas melhorias ao nível do Simplex, poderiam eliminar mais alguns passos que ainda são necessários executar pelos contribuintes.


3.2.1 – O Caso das Apresentações Quinzenais dos desempregados e as estatísticas habitualmente apresentadas pelo IEFP

Em 2006 foi aprovado um Decreto-Lei que visa a apresentação quinzenal por parte dos desempregados que estejam a receber prestações sociais (subsídio de desemprego ou RSI).

Acontece que sempre que um desempregado entra em alguma ação de formação, durante a mesma deixa de ter necessidade de fazer a apresentação quinzenal, a sua ficha fica durante esse período inativa e estatisticamente, durante esse período é considerado como não desempregado. A consequência é falsear as estatísticas do nº de desempregados que realmente estão inscritos no IEFP.

 Numa apresentação quinzenal o programa indica a data limite para a apresentação quinzenal seguinte. A alternativa seria a de que quando estão em ações de formação, a ficha desses desempregados deve manter-se ativa, dado que durante esse período a pessoa continua numa situação de procura ativa de trabalho. Neste caso a apresentação quinzenal iria indicar a data da apresentação seguinte para uma data após o fim da ação de formação.

A consequência seria deixar de haver falsear as estatísticas do nº de desempregados inscritos.

3.2.2 – O Caso dos Contratos Emprego-Inserção (CEI) e CEI +

Redigido através da Portaria nº 164/2011, pode-se dizer que pecou por tardia. O Flagelo do desemprego tem demonstrado que não afeta apenas as contas da Segurança Social, também afeta as contas do Ministério da Saúde. Afinal de contas, qual o verdadeiro custo social e em termos de medicina do flagelo do desemprego? Quanto é que o estado gasta com as pessoas, que ficam psicologicamente e em termos psiquiátricos, afetadas pelo flagelo do desemprego?

Contudo, será que fez todo o sentido que as pessoas com este tipo de contrato fossem trabalhar para apenas instituições do Estado? Alguns casos até faz sentido, mas outros nem por isso.

E sendo assim, quais as probabilidades de se manterem empregados após o fim deste mesmo contrato? Não seria mais apropriado este tipo de contrato também incluir as empresas privadas, onde alguns destes empregados tivessem uma formação no mercado laboral ainda mais ajustada à sua formação? Mesmo que o atual Ministro tome medidas neste sentido, estas pecam por tardias.

Por outro lado, e com a pressão da Troika sobre as despesas do estado, qual o nº de contratos deste tipo que tem servido para que o próprio estado obtenha nova mão-de-obra a custos mais baixos?

Está a haver situações deste género um pouco por todo o país e não me parece que se fosse PS que estivesse nesta altura no governo tal coisa deixasse de suceder, dado que o estado sente-se forçado a isto por força da Troika (mesmo depois dela se ter ido embora).


3.3 – Ministério da Economia

Neste ministério vamos englobar os casos das privatizações, a promoção da imagem de Portugal no exterior no sentido de atração de investimento estrangeiro interno e das nossas empresas no mercado externo (área comum ao Ministério dos Negócios Estrangeiros), o caso da energia, telecomunicações, o caso do turismo, da indústria e dos fundos comunitários.

3.3.1 – O Caso das Privatizações

A partir do momento em que foram eliminadas as Golden-Share, que a ideia do estado ter participações que garantissem o conceito de empresas estratégicas (como é o caso da TAP e foi o da PT), passou a existir o medo das privatizações serem sinónimo de conquista por empresas estrangeiras das empresas portuguesas (a nova forma de conquistar países sem ser através das armas).

A Portugal Telecom demonstrou por que razão vale a pena a existência de Golden-Share e, no caso da TAP, a via mais segura será a privatização de 49,99% (caso não seja salvaguardada a parceria estratégica com os países da CPLP, por exemplo).

Quanto às Golden-Share, penso que o mais lógico deveria ter sido a sua eliminação apenas quando passássemos a ser o equivalente aos Estados Unidos da Europa (apenas quando as transações internas na UE deixassem de ser consideradas importações/exportações, mas está feito e por isso só temos que nos adaptar).



3.3.2 – O Caso do Turismo

Sobre este ponto, apesar de ser um setor chave para o crescimento económico, penso que bastará aplicar à risca a estratégia existente que está no Plano Estratégico Nacional, que podemos encontrar em PDF na net.


3.3.3 – O Caso da Indústria

Faz todo o sentido adotar uma estratégia equivalente a um plano de fomento, onde se oferece condições ao aparecimento de novas indústrias (como por exemplo a diminuição de IMI e IVA).

Dar melhores condições fiscais para as sub-empresas de empresas já existentes (como o caso das sub-empresas da AutoEuropa) produzirem peças auto que normalmente só se podem obter através de importações.

Utilizar da melhor maneira matérias-primas portuguesas para fabricar produtos de mais valor acrescentado (dado que só com produtos de alto valor acrescentado é que podemos ser competitivos nas exportações).

De notar que em termos de produtos agrícolas, apesar de alguns hipermercados defenderem a aposta na produção nacional, o que vemos nessas empresas é um número maior de produtos hortícolas e frutos de origem maioritariamente espanhóis, demonstrando que a aposta no setor primário só é uma solução viável no longo prazo se as empresas comprarem primeiro aos portugueses e só depois importarem o que faltar para ajustar a Oferta à Procura.

3.3.4 – O Caso das Telecomunicações

Tem sido dos poucos setores onde a concorrência tem sido bastante interessante, demonstrando que a subdivisão da PT em vários setores permitiu às outras duas operadoras (Vodafone e Optimus) adotarem estratégias, como por exemplo a fusão entre Optimus e Lusomundo que deu origem à marca NOS, aumentando, com isso, o grau de competitividade nos vários sectores de telecomunicações. Este facto deveu-se também à procura elevadíssima neste sector por parte dos portugueses (que em termos percentuais é das maiores da Europa e do Mundo).

3.3.5 – O Caso da Energia



Unidade: GWh
 Produção de Energia Elétrica a Partir de Fontes Renováveis
Portugal
  TOTAL
Hídrica> 10MW
Hídrica ≤ 10MW
Biomassa(1)
Eólica
Geotérmica
Fotovoltaica
Total Renováveis
1995
7.962  
492  
988  
16  
42  
1  
9.501  
33.264  
1996
14.207  
658  
959  
21  
49  
1  
15.895  
34.520  
1997
12.537  
638  
1.036  
38  
51  
1  
14.301  
34.207  
1998
12.488  
566  
1.022  
89  
58  
1  
14.224  
38.984  
1999
7.042  
589  
1.237  
122  
80  
1  
9.071  
43.287  
2000
11.040  
675  
1.554  
168  
80  
1  
13.518  
43.764  
2001
13.605  
770  
1.600  
256  
105  
2  
16.338  
46.509  
2002
7.551  
706  
1.732  
362  
96  
2  
10.449  
46.107  
2003
15.163  
891  
1.663  
496  
90  
3  
18.306  
46.852  
2004
9.570  
577  
1.797  
816  
84  
3  
12.847  
45.105  
2005
4.737  
381  
*1947
1.773  
71  
3  
*8912
46.575  
2006
10.633  
834  
*1997
*2926
85  
5  
*16480
49.041  
2007
9.927  
522  
*2158
4.037  
201  
24  
*16869
47.253  
2008
*6781
*517
*2133
5.757  
192  
*41
*15421
45.969  
2009
8.108  
901  
*2376
7.577  
184  
160  
*19306
50.207  
2010
*15459
1.088  
2.902  
9.182  
197  
214  
29.042  
54.093  
2011
11.294  
820  
3.219  
9.162  
210  
280  
24.985  
52.462  
2012
6.093  
567  
*3196
10.260  
146  
393  
20.655  
46.614  
(1) Inclui resíduos vegetais/florestais, licores sulfítivos, biogás e resíduos sólidos urbanos
Fonte: Direção Geral de Energia e Geologia e Direção de Serviços de Planeamento e Estatística





3.3.6 – O Caso dos Fundos Comunitários

Mais de metade dos fundos do QREN mais recente vão para projetos cuja sua aplicação peca por tardia (eletrificação da Linha do Oeste é um exemplo disso mesmo, dado que deveria ter-se realizado no mesmo período de realização da A8 entre Lisboa e Torres Vedras, ou seja no inicio dos anos 90).

As autarquias também se sentem prejudicadas pela negociação efetuada deste QREN, pois sentem que poderiam ter obtido mais financiamento para projetos de natureza local.
Mas mais do que isso, é a tal questão do costume ou seja, a não aplicação da forma mais eficiente destes recursos (tanto por parte do Estado como por parte do setor privado, história recente de Portugal tem demonstrado o porquê).



3.4 – Ministério dos Negócios Estrangeiros

A pessoa que presidir neste ministério terá de ser perita na arte de vender.

















3.5 – Ministério da Defesa


Uma grande parte dos fundos dos Orçamentos de Estado deveriam ser para investigação e todo o mapeamento da ZEE, profissionalização dos nadadores salvadores, profissionalização de Bombeiros e policiamento de proximidade para uma melhor produtividade em períodos de incêndios e/ou de cheias (uma grande parte destas funções terão melhor resultado quando são feitos em articulação com o Ministério da Administração Interna).

É neste Ministério que também se situa as possíveis problemáticas com terrorismo (o principal exemplo de função em que este ministério se articula com o Ministério dos Negócios Estrangeiros).

Já mencionei na 2ª parte deste trabalho que o terrorismo por parte de algumas fações islâmicas radicais vai continuar a afetar as partes do mundo ocidental que coincidem com a Europa e os E.U.A. e para que tenha um fim é necessário os europeus começarem a rever currículos escolares de escolas islâmicas existentes nos países europeus e nos E.U.A.

Não há dúvidas nenhumas em que o flagelo do desemprego a nível europeu que está a começar a afetar diretamente a geração das pessoas com vinte e poucos anos de idade (uma das primeiras gerações que não tiveram a educação maioritariamente dada pelos pais) pode ser a geração-alvo para recrutamento por parte de fações islâmicas radicais.

A forma como o capitalismo está a funcionar dificulta esta transmissão de valores educacionais de geração para geração (parte deste papel educacional está ser entregue aos animadores socioculturais das escolas primárias). Todos os Estados (onde se incluem, governantes, empresas e particulares) têm de rever a noção de capitalismo que vivemos atualmente – dado que a atual tornou-se a inimiga pública nº1 da noção de família para que não seja por esta via que surjam mais problemas ao nível do terrorismo e outros tipos de criminalidade associadas a uma má transmissão de valores educacionais.

Como disse atrás, não sou adepto da Existência da Nato nem na presença de Portugal nessa organização, contudo face a pressões que países como a Rússia fazem à Europa é compreensível a sua existência.



3.6 – Ministério da Justiça

Aqui vou-me referir ao no mapa judiciário e alguns casos comuns onde os incumpridores da lei acabam por ser beneficiados pela justiça.


– O Caso do Novo Mapa Judiciário

Apenas vou dizer o seguinte: Ficou com um desajustamento da oferta com a procura. Torres Vedras foi uma das localidades prejudicadas por isso.


– Os Casos Comuns onde a Lei não funciona

Vou dar o seguinte exemplo da vida real:
Um mecânico com mais de 5000€ por fora, que os clientes ainda não pagaram, alguns casos com uma dívida existente há mais de 1 ano. Contudo, estes 5000€ são a soma de várias pequenas quantias que cada uma por si são quantias insignificantes que não compensam a ida a tribunal para as resolver.

Tendo em conta que a partir do momento em que se passa uma fatura a esses clientes o IVA dessa mesma fatura passa a ser devido ao Estado, qual a percentagem de custo com o IVA que este mecânico tem?

Como funciona a justiça nestas situações? Caso ele fosse para tribunal isto seria julgado como sendo apenas um caso ou seria julgado como a soma de vários pequenos casos? Quanto custaria a este mecânico levar os clientes devedores à justiça? Será que compensava ou ser-lhe-ia menos oneroso o perdão total da dívida? Espero que atualmente a justiça, neste tipo de casos, aja como se fosse apenas um caso pois se não for assim, então a justiça estará a defender os incumpridores da lei.

Neste momento estamos a saber que a plataforma Citius vai ser substituída por uma mais eficiente. A pergunta que os contribuintes deveriam fazer era: Tendo em conta que no início do ano houve um funcionário que se apercebeu e avisou das fragilidades desta plataforma, por que razão os responsáveis não averiguaram o que se estava a passar?

Haverá, através da estratégia do “Simplex” de Sócrates, uma forma mais célere e eficiente de por a justiça a funcionar?

3.7 – Ministério da Saúde

Durante esta legislatura, e muito por força da Troika, este ministério tem estado sobre constantes cortes. No entanto em vez de cortar apenas nas verdadeiras gorduras, tem ido além disso fazendo com que este Ministério esteja a gerar muitas ineficiências.

Era necessário baixar a despesa, tanto a educação como a saúde que são áreas em que para que se mantenha a noção de Estado Social esta não é a via mais ajustada.

Apesar disso, uma das coisas positivas tem sido, por exemplo, a forma como as P.P.P. na saúde têm funcionado (Hospital de Loures é um desses casos de sucesso).

Mas como disse, medidas como a intenção de fechar a M.A.C., o desajustamento da oferta e da procura de pessoal qualificado no período de concursos públicos para a admissão de pessoal (facto válido para todos os Ministérios e que ainda não irei falar neste ponto), a continuidade de parcerias entre Ministério da Saúde e Fundações como a Calouste Gulbenkian, a questão da obesidade infantil, o caso dos genéricos e a doação de órgãos são subpontos interessantes de se aprofundar.

3.7.1 – O Caso da Maternidade Alfredo da Costa (M.A.C.)

Tendo em conta que nesta instituição já existe uma equipa de trabalho coesa, que a M.A.C. é uma marca nacional de referência e que a razão de querer fechá-la devido à diminuição da natalidade. A pergunta que se põe é: Eliminar as maternidades dos outros hospitais de Lisboa, canalizando toda a procura para a M.A.C. ou o fecho da M.A.C. canalizando a procura para os outros hospitais?

O que fará mais sentido é fechar as restantes maternidade e todas as grávidas no final da sua gestação (que são da zona alfacinha e concelho adjacentes) dirigirem-se à M.A.C.
Com isso, haverá um esvaziamento de alguns departamentos nos outros hospitais que deverão ser aproveitados para outras áreas da medicina onde a procura é mais elevada.

Objetivo final: Aumento da eficiência dos gastos do Estado nesta área da medicina.

Contudo, isto só não é suficiente, em áreas, como a Região Oeste por exemplo, que estão no intervalo entre os Hospitais de Lisboa e o Centro Hospital das Caldas da Rainha não existe uma só maternidade. Será que a estratégia atualmente em vigor é a melhor para o caso das grávidas torrienses, penichenses ou bombarralenses, por exemplo?

Haver uma cooperação estratégica em termos de custos nesta área com os hospitais privados existentes para que as grávidas da região possam usufruir dos cuidados hospitalares ao nível da maternidade sem que tenham de gastar mais dinheiro do que o que iriam gastar se a maternidade estivesse inserida num Centro Hospitalar público (no caso torriense seria a extensão dos Hospitais da C.U.F. a ter essa missão de parceria com o Ministério da Saúde) não será uma boa alternativa?

3.7.2 – O Caso da Obesidade Infantil

Esta é uma situação em que o que se pretende é que se faça uma política de continuidade, tirando proveito do que já se está fazer por parte do Governo, comunicação social e cadeias de fast-food. Neste caso o que se pretende é continuar, em termos de investimento por parte destes setores, no mesmo caminho.
De notar que no caso das cadeias de fast-food, estas já olham para isto como forma de publicidade para atrair mais consumidores.

3.7.3 – O Caso das Parcerias que o Ministério da Saúde tem feito com algumas Fundações

As Fundações Calouste Gulbenkian, Vodafone e EDP têm sido as que têm tido mais visibilidade mediática nesta área.
Algumas destas Fundações financiam aquisição de material médico para os hospitais (como por exemplo aparelhos para fazer exames neurológicos de que eu próprio já cheguei a usufruir, no meu caso para fazer um exame chamado SPECT nos Hospitais da Universidade de Coimbra que foi feito por um aparelho oferecido pela Fundação Calouste Gulbenkian e que cada exame não sai nada barato ao contribuinte). Este tipo de fundações bem tem demonstrado por que razões merecem algumas “benesses” de caracter fiscal.

3.7.4 – O Caso dos Genéricos

Para começar terei de contar uma reportagem que li mais ou menos 2005, na sala de espera de um consultório dentista.
O caso passou-se no norte de Itália que faz fronteira com a Alemanha e imaginemos que era o equivalente a uma gripe ou hepatite (a doença em causa não é relevante, mas sim a forma de tratamento).

O médico que estava a tratar do paciente italiano era alemão e dava consultas de medicina em ambos os países. O tratamento e medicamento que receitou (que era usado/aplicado na Alemanha) era usado nas clinicas veterinárias italianas e portuguesas em cavalos, imagine-se só. A ironia final é que este medicamento na Alemanha era menos oneroso tanto para o Estado como para o utente. Será caso para nos questionarmos: “Por que razão tal raciocínio não se aplica nos países da Europa do Sul?”

Provavelmente se o tal medicamento fosse da “Bayer” (marca alemã), até talvez se perceba o motivo.
Na atualidade a preocupação maior por parte dos farmacêuticos é o não pagamento nos prazos devidos, das comparticipações dos medicamentos por parte do Estado. O estado, por seu turno (e especialmente os Hospitais) não consegue ter financiamento para sustentar estas comparticipações e, como se não bastasse, os próprios hospitais não têm dinheiro para sustentar a medicação de um utente que esteja internado (fazendo com que os utentes tenham de trazer a medicação de casa, situação que já me sucedeu quando fui internado para exames idênticos ao que tinha efetuados nos H.U.C. durante uma semana no Hospital de Egas Moniz). Contudo, na situação de internamento em Coimbra tive a oportunidade de experimentar em Abril de 2005 um medicamento anti-epilético que tinha sido apresentado em Londres em Janeiro do mesmo ano. Nos dias de hoje duvido muito que tal pudesse ser efetuado.

Em termos mediáticos têm falado sobre a falta de medicamentos mais recentes para o tratamento do cancro nos I.P.O., mas a verdade é que isso está a acontecer também em casos de doenças crónicas.

Neste aspeto, ninguém tem dúvidas dos problemas financeiros do Estado nesta área (importantíssima no que diz respeito à definição de Estado Social). Pelo que se tem visto os cortes são para continuar e acordos com P.P.P. nesta área e com os privados no sentido dos utentes poderem ter mais e melhores acessos a cuidados de saúde são algo para continuar. O objetivo é que o Estado gaste, mas gaste tanto ou menos, mantendo o utente a gastar a mesma percentagem de rendimento disponível com a sua saúde (de notar que mesma percentagem de rendimento disponível nem sempre é igual a dizer “mesma quantia monetária”).

3.8 – Ministério da Administração Interna

Considero que a pasta deste Ministério tem o nível de dificuldade idêntico ao das Finanças.
Temas como o Terrorismo e defesa territorial já foram retratadas neste ponto 3 em outros ministérios, demonstrando, com isso, que existe um vasto leque de assuntos transversais a vários Ministérios e que, fazendo parceria entre ambos, pode-se obter maior eficiência dos gastos (e talvez menor gasto) do Estado para solucionar e/ou antecipar problemas da sociedade.
Vou fazer uma breve reflexão sobre as autarquias, A defesa e segurança nacional e o caso das intempéries (vagas de calor, incêndios, cheias e tempestades).

3.8.1 – O Caso das Autarquias

Uma das regras de ouro das autarquias é ter de garantir o equilíbrio entre o económico e o social, isto é, se o governo faz políticas de restrição orçamental no sentido de poupar diminuindo despesa, por exemplo, então as autarquias tem de apostar no lado social e vice-versa.
Um exemplo de medida que se deve generalizar a todas as autarquias deverá ser, através da diminuição percentual do IMI, o estímulo a que todos os prédios rústicos desse concelho sejam fatores de geração de Produto, sejam eles estabelecimentos comerciais ou terrenos agrícolas por exemplo.

3.8.2. – O Caso das Intempéries

Considero esta a pasta mais difícil deste Ministério.
Como é que se consegue fazer uma boa gestão dos gastos do estado para este tipo de situações? Aparentemente o espectável seria Invernos mais rigorosos com mais frio, cheias e tempestades descontroladas e verões de grandes incêndios e ondas de calor, com a passagem de inverno para verão não fazer sentir que se passou pela estação da primavera e mais tarde do outono.
Pois bem, este ano não foi bem isso que sucedeu, apesar do histórico dos anos anteriores indicarem que fosse esse o tipo de situação deste ano e de anos futuros.
Perante estes factos, como é possível maximizar a eficiências dos gastos do Estado com este tipo de situações de alterações climáticas descontroladas?
Seria desonesto apontar o dedo de forma negativa ao (à) ministro(a) que tem esta pasta para resolver. Apenas desejar e perceber se realmente está a fazer tudo o que é humanamente possível para solucionar estas situações.

3.8.3 – A Defesa e Segurança Nacional

Já foi brevemente abordado no subponto 3.5. 
A PSP e GNR têm de fazer mais policiamento de proximidade, ou seja, menos esquadras mas mais polícias próximas dos cidadãos (neste aspeto basta dar politica de continuidade, dado que é apenas dar seguimento ao que o atual governo começou). Não deixa de ser importante referir os casos dos bairros sociais problemáticos (como Loures, Cova da Moura, etc.), os casos de população envelhecida (seja litoral ou interior do país) e os casos de população isolada (especialmente no interior do país).
Relativamente aos possíveis casos de terrorismo, o que escrevi no subponto 3.5 é mais que suficiente.



3.9 – Ministério da Agricultura e Pescas

No que diz respeito às pescas, muito já se tem feito em termos de política europeia para este setor, onde se tem aprovado legislação que estivesse mais de acordo com a Procura e a Oferta existente em cada país, contudo também vemos pontualmente situações em que as quotas de pesca de sardinhas não foram ajustadas à procura que existe por este produto.

Ao nível científico, Universidades como por exemplo a Universidade do Algarve, têm trabalhado em parceria com empresas de Aquacultura no sentido de através deste meio criar animais como por exemplo a cavala por forma a contribuir para um maior ajustamento entre a Procura e a Oferta (de forma a que o excesso de Procura não leve à extinção de algumas espécies marítimas). Também não se pode descurar a importância da Aquacultura para a produção de outro tipo de animais, que são exportáveis para usufruto dos mesmos para produzir outros bens e até mesmo serviços.

Só é pena não termos ambiente para ”cultivar” bacalhau e salmão.

No que diz respeito à agricultura, apesar da aparente campanha agressiva por parte de cadeias de lojas com Continente e Lidl, o que vemos na generalidade dos casos é as empresas comprarem produtos hortícolas a países como Espanha por terem o preço dos seus produtos mais baratos que os produtos portugueses.

No que diz respeito aos animais como bovinos e caprinos, para além de darem carne e lã, também dão leite que serve na sua maior parte como matéria-prima de produtos regionais como os diferentes tipos de queijo que temos nas diferentes regiões do país. O facto de a União Europeia limitar a quota de produção de leite pode ser visto como uma oportunidade para investir em produtos de mais valor acrescentado como queijo regional e manteiga (limitar a venda de matéria-prima em si não pode ser visto como uma limitação nessa produção, mas sim como uma oportunidade para investir ainda mais no fabrico de produtos considerados culturais e que, em termos de turismo rural, podem ser uma grande mais-valia.

No que diz respeito à área florestal, com os incêndios e a necessidade dos proprietários quererem ter mais rendimento das suas terras (quando, ainda por cima, temos uma procura de papel maior que a oferta) faz com que estejam a substituir o pinheiro bravo por eucaliptais. Alguns dos quais situam-se na fronteira com áreas de produtos hortícolas e frutícolas, fazendo com que essas áreas fronteiriças com os eucaliptais sejam menos produtivas (dado que as raízes dos eucaliptais chuparem demasiada água).
Mas também temos área florestal onde os sobreiros são reis, onde o seu subproduto, que é a cortiça, tem servido como matéria-prima para fabricação de bens exportáveis de maior valor acrescentado, sendo, por isso o tipo de matéria-prima que muitos consideram uma aposta futura na área florestal.

Nesta área também podemos incluir o caso das alterações climáticas, onde os seus efeitos têm levado a que haja anos de subprodução agrícola ou adiamento de culturas para outras alturas do ano (fazendo que as receitas previstas sejam menores que as estimadas). Por exemplo, no caso dos produtos hortícolas, em circunstâncias normais os agricultores colhem 4 vezes por ano esse tipo de produtos, contudo se houver tempo de intempéries nos períodos considerados de semear pode acontecer fazerem apenas 3 colheitas ou na mesma 4 colheitas anuais mas com produtos de qualidade abaixo do desejável.
No caso vinícola, basta que o mês de Agosto tenha temperaturas médias inferiores às que historicamente sucedem para terem de adiar o período da apanha de uva.
Isto só demonstra o quanto empresas do sector primário se devem juntar aos centros de investigação universitários para que em conjunto possam obter estratégia na agricultura no sentido de aumentar a produtividade neste sector, mesmo tendo como inimigo o efeito das alterações climáticas. Contudo, no que toca ao Turismo, as alterações climáticas associadas aos períodos de férias que passaram a ser repartidas ao longo do ano até podem ajudar este sector.



3.10 – Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional

Este é um dos Ministérios que, a par do Ministério da Administração Interna e Ministério da Segurança Social e Emprego e também Ministério da Justiça, deveria ser o mais colaborante, especialmente em termos de parcerias, com a Administração regional e local.
Muitas medidas e estratégias tomadas ao nível da Administração local (através das Câmaras municipais e juntas de freguesia) de veriam ser efetuadas em articulação. Apostas como a de Torres Vedras através de projetos como eco-freguesias, deveriam já estar no terreno há alguns anos caso as parcerias entre a administração local e governos fossem maiores. Uma Política económico-social que permita um maior ambiente citadino (em termos ecológicos, por exemplo) mais acessível a todos os que visitem, moram ou trabalham, vai também proporcionar ambiente para produzir mais durante o trabalho. Entre os fatores externos da gestão de empresas, este é um dos fatores que pode ajudar a uma maior produtividade.

Só esta parceria seria (por si só) o garante para aumentos de eficiência nas áreas do ambiente e do ordenamento do território.

Relativamente ao Desenvolvimento Regional, seria uma boa ajuda, contudo terá de depender da iniciativa das empresas para este seja possível. Continua a não se perceber como é que não existem mais empresas (especialmente empresas que importam e exportam de e para a União Europeia) a apostarem na localização das mesmas para o interior do país, nem que fossem filiais (mantendo a sua sede em localidades do litoral). Essa estratégia empresarial iria garantir mais necessidade de postos de trabalho no interior, mais fixação e deslocação das pessoas para essas regiões, um aumento da procura de serviços de saúde que na última década foram fechados por fraca procura e também o reabrir por parte do estado de serviços que foram fechados por pressão da diminuição dos custos. Tendo em conta que estes futuros funcionários seriam pais de filhos, as escolas que outrora se fecharam teriam de ser reabertas, para que a procura ficasse ajustada com a oferta.

Para muita gente isto poderia ser impossível mas tendo em conta fatores como custos de transporte de mercadorias (que são maiores pelo facto de os produtos terem de chegar ao litoral, custos das rendas (que normalmente são ajustados entre a Procura e a Oferta, o que significa que são menores no interior) e energia (de notar que neste tipo de empresas, a soma destes custos é quase sempre maior que os custos com pessoal), não se compreende porque razão esta medida de gestão ainda não foi executada. Isto iria contribuir para um desenvolvimento regional mais harmonioso.



3.11 – Ministério das Finanças

Considero este o Ministério de todos os Ministérios.
Vamos começar por relembrar quais as condições e pressupostos que todos os países da União Europeia estão sujeito:

- Cumprimento do Pacto de Estabilidade e Crescimento:
·         Défice do estado ser menor ou igual a 3%;



- Relativamente à Política Monetária:
·         Apenas o BCE pode usar esta medida no sentido de aumentar ou diminuir Taxa de Juro       e, caso estejamos com problemas de competitividade a nível europeu, procurar injetar         moeda (para que esta desvalorize) através da compra de ativos como começou a por           em desde março deste ano;
Ø  Relativamente a esta medida, o único senão é o facto de a compra de barris de petróleo ser em euros, como tal o efeito negativo do valor das importações que tem como matéria-prima o petróleo e seus derivados não sofrerá grandes alterações.

- A Economia funciona de forma cíclica com duração entre 9 e 10 anos cada ciclo, onde na 1ª metade desse ciclo devemos adotar políticas de Poupança e na 2ª metade desse ciclo deve usar a Poupança obtida na 1ª parte para fazer Investimento Público para alavancar a economia e prepará-la para o reinicio do ciclo económico que se seguirá;
Ø  A poupança é feita através do aumento das receitas no 1º período e no 2º período far-se-á uma de duas hipóteses – diminuição da carga fiscal (que no caso português está muito elevada) e/ou aumento de investimento público;


Temos de perceber em que fase do ciclo económico nos encontramos, utilizando uma estratégia equivalente à “mão invisível” de Adam Smith.

Relembremos o que sucede à taxa de crescimento do PIB quando uma medida de austeridade não é aprovada e aplicada por impedimento do Tribunal Constitucional – a resposta é crescimento do PIB, que significa que estamos no período de vacas gordas, onde tem de se aplicar medidas que garantam Poupança.

No caso português, como nos encontramos numa situação de incumprimento do P.E.C., só a partir de 2016 poderemos avaliar se continuamos ou não em período de vacas gordas. Dado o elevado nível de fiscalidade em Portugal, a rigidez da Despesa pública e ter que garantir que não aumenta o défice orçamental nos anos seguintes a 2015. A estratégia de aumento de liquidez no próximo período de vacas magras passará não por aumento de Investimento Público mas sim por uma diminuição gradual da carga fiscal (de notar que a Regra de Ouro das finanças públicas é: “Despesas correntes serem financiadas por Receitas Correntes e Investimento público financiado por endividamento”).

Para que se possa cumprir a Regra de Ouro terá de se rever o peso dos juros na dívida pública e procurar estratégias para que a percentagem de juro do empréstimo da tróica seja mais baixa. Situação que o atual governo tem feito, comprando dívida pública a percentagens mais baixas que a dos empréstimos concedidos pela troika (de notar que na semana do 9 de Abril de 2015 os juros estavam a uma taxa de juro negativa, o mesmo é dizer que os investidores estão dispostos a perder dinheiro com a compra de dívida pública portuguesa).

Portugal e os portugueses têm de perceber que para possamos andar "na linha" teremos de adotar medidas de politica económica em concordância com os Ciclos Económicos, para que no futuro próximo não voltemos a situações de incumprimento.































Sem comentários:

Enviar um comentário