sábado, 11 de abril de 2015

O CASO DO MERCADO DE ARRENDAMENTO E suas consequências no MERCADO DE TRABALHO EM PORTUGAL

No Caso do Mercado de Arredamento:

Com se tem referido ao longo destes anos, os portugueses andaram a gastar mais do que podiam.
Os portugueses recebiam um salário e depois gastavam mais que o salário que auferiam, ou seja, viviam acima das suas possibilidades de consumo e em vez de pouparem, andavam a endividar-se.


O que levou os portugueses a esta situação?

Vimos, por exemplo, que no período de António Guterres houve uma enorme procura de casas novas por parte das famílias, que optaram por se endividar tirando proveito das taxas de juro bonificadas e a Banca a conceder crédito ao desbarato, mas mesmo depois do Crash de 2008 e, especialmente após a saída do FMI (2015) a opção por comprar casa em vez de casa arrendada continuou a fazer sentido, pois verificavam que a “renda” que tinham de pagar ao Banco era inferior à que teriam de pagar a um senhorio caso optassem por casa alugada. E é nesse ponto que estamos atualmente. Uma das soluções que os especialistas apontam é a construção de mais casas pois assim havendo mais oferta, os preços abusivos das rendas vão tender a diminuir. Mas só se não houver cartelagem de preços por parte dos senhorios.

Onde é que a missão fiscalizadora por parte do Banco de Portugal esteve a funcionar?
Quando surgiu a primeira crise cíclica do século XXI (mais ou menos em 2003), houve um aumento do desemprego (uma grande parte devido à fuga de Investimento estrangeiro existente) e o resultado disso foi o aumento de endividamento das famílias, que acabavam por ter de entregar os seus bens ao Banco por falta de pagamento (de notar que em 2004 os portugueses já consumiam, em média, 25% acima do seu rendimento disponível).



Na matéria sobre o Investimento que se estuda em Macroeconomia, uma diminuição das taxas de juro têm como consequência um aumento do Investimento e, com isso, as empresas podem ter fundos para reinvestir em novas tecnologias para aumentar a sua produtividade e até a empregabilidade. Infelizmente essa não foi a realidade a que assistimos. Com a entrada de Durão Barroso no governo e Manuela Ferreira Leite como Ministra das Finanças, num período onde foram necessárias aplicar medidas extraordinárias para que o défice  não fosse superior a 3%, perderam-se todas as hipóteses/oportunidades que nos foram oferecidas até finais da década de 1990. 
Desde Durão Barroso até Pedro Passos Coelho Portugal andou estagnado ou até para tràs em termos de crescimento, quando comparado com o crescimento média da União Europeia.

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