Anos
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Taxa de desemprego
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Défice em % do PIB
|
Despesas com pessoal
|
Défice da Administração Púbica em % do
PIB
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1995
|
7,1
|
5,4
|
10.990,4
|
59,2
|
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1996
|
7,2
|
4,8
|
11.823,1
|
58,2
|
|
1997
|
6,7
|
3,7
|
12.849,8
|
54,3
|
|
1998
|
┴
4,9
|
3,9
|
14.389,3
|
50,3
|
|
1999
|
4,4
|
3,1
|
15.750,5
|
49,4
|
|
2000
|
3,9
|
3,3
|
17.478,0
|
48,4
|
|
2001
|
4,0
|
4,8
|
18.645,4
|
51,1
|
|
2002
|
5,0
|
3,4
|
19.935,4
|
53,7
|
|
2003
|
6,3
|
3,7
|
19.579,2
|
55,7
|
|
2004
|
6,7
|
4,0
|
20.328,4
|
57,5
|
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No ano letivo 2002/2003, o meu
professor de economia e finanças públicas propôs um trabalho de grupo cujo
assunto era “ Livro branco da segurança Social e a sua sustentabilidade”. Já
tinha consciência das diferenças entre o setor público e o setor privado no que
dizia respeito às reformas dos pensionistas e também na forma como os descontos
se efetuavam. Quando Durão Barroso chegou ao governo e fez o seu “discurso da
tanga” eu defendi que em termos de segurança social deveria se igualar o setor
publico ao setor privado e diminuir o nº de exceções ao regime geral da TSU
(fazendo exceções ao regime geral para o público e privado e não apenas para um
de ambos). O quanto fui criticado por ter essa ideia.
Tendo em conta que Portugal tinha
uma dívida pública abaixo dos 60% (ver quadro em cima), até me passou pela
ideia de o Estado também fazer como as entidades patronais privadas no que diz
respeito à TSU, ou seja, entregar á segurança social 23,75% do salário base dos
trabalhadores da função pública. Aproveitava-se a margem que ainda havia em
termos de dívida pública para que esta medida entrasse em vigor. Pois essa
medida apesar de aumentar a dívida pública, como se tratava de transferência de
fundos, não implicava aumento de défice. Se tal medida tivesse sido tomada nos
dias de hoje não estaríamos a por em causa a sustentabilidade da segurança
social. Em detrimento desta medida, António Guterres optou antes por engordar o
estado com mais pessoal que o necessário. Se porventura a ideia era a de
diminuir o desemprego e em contrapartida esse aumento da empregabilidade
conduzisse a um aumento de receitas na mesma proporção essa medida ainda se
poderia admitir mas não foi o que sucedeu, nem poderia.
Se nesse ano letivo soubesse o
que sei hoje, a primeira conclusão a que chegaria era a de que os pressupostos
de partida estavam errados e bastava utilizar o argumento da economia funcionar
de forma cíclica, dado que um dos pressupostos era o de que havia crescimento
constante.
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