terça-feira, 9 de dezembro de 2014

A LINHA DE PENSAMENTO DE THOMAS MALTHUS NA ATUALIDADE


Para quem ainda não sabe, Malthus foi um autor que escreveu a obra "Um Ensaio sobre o Principio da População", onde aproveitou para criticar as ideias de Adam Smith, que defendia o aumento da população como forma de aumentar o nº de trabalhadores e o consequente aumento da riqueza dos países, para defender de seguida o controlo do crescimento da população para que este tenha um crescimento em concordância com o crescimento dos meios de subsistência. Nos dias de hoje esta linha de pensamento tem sido levantada, especialmente no período da Primavera Árabe.

Na Europa e Estados Unidos da América temos assistido a envelhecimento crescente da população, por vezes devido a instabilidade do mercado de trabalho e à forma como ele tem funcionado (tornando-o inimigo público nº 1 da noção tradicional de família).
Na década de 1970, assistimos à Revolução Verde imposta na China e na Índia que, a par de medidas de controlo do crescimento populacional, tinha como o objetivo diminuir a pobreza nesses países e dar margem de manobra para que se pudessem criar condições para crescimento constante do Produto e dar inicio ao aparecimento dessas economias como sendo emergentes (o efeito Globalização acelerou mais ainda esse processo).
Contudo, olhando para os países árabes e grande parte de África, a cultura dos mesmos não tem permitido que tal situação suceda. Seja por motivos religiosos (no caso dos países onde predomina o Islamismo), seja apenas  por falta de Know-How (especialmente nos países mais pobres de África).
Se por ventura conseguimos defender argumentos como a evolução tecnológica para mostrar que a Teoria Malthusiana já não é válida na atualidade, o contrário também pode suceder, utilizando como argumento o crescimento anormal da população, nos países de religião maioritariamente islâmica e países africanos, ou a falta do mesmo no caso Europeu e norte-americano, cujo decréscimo populacional pode por em causa o futuro da própria população e a sua sustentabilidade (dado não haver uma taxa de natalidade mínima que garanta a substituição intergeracional).
No caso dos países ocidentais temos de repensar o capitalismo tal como atualmente funciona para que  o mesmo tenha futuro (não pode ser inimigo da noção tradicional de família).
No caso dos restantes países do mundo, é necessário, em primeiro lugar, que haja uma separação clara entre religião e Estado para que a democracia nesses mesmos países possa funcionar (de notar que o aparecimento da democracia nos países ocidentais só se deu após a separação clara entre Estado e Clero). De seguida, ou em simultâneo, o aumento da escolaridade dessa mesma população para elevar o seu nível de Know-How, defender a igualdade de género (especialmente no acesso ao mercado de trabalho) e melhorar o aproveitamento da riqueza que têm em bens do setor primário, usando-os para fabricar produtos de maior valor acrescentado (algo que só é efetuado através de investimento estrangeiro nesses mesmos países e por estrangeiros, não por naturais desses países devido à falta de Know-How) e sobre este assunto, apesar de ainda haver muito que falar/escrever, fico-me por aqui.

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