terça-feira, 2 de agosto de 2016

A CULTURA COMO INSTRUMENTO PARA O CRESCIMENTO DO PIB


Não me lembro ao certo que escritor português disse mais ou menos o seguinte: “o investimento público na cultura é o único que consegue ter retorno no mesmo ano em que o investimento é efetuado”. E de facto, assim é. Quando cada um de nós vê ou conhece atividades culturais que se vão desenvolvendo por todo o país, sabe que associado às mesmas está investimento público feito pelas Juntas de Freguesia, Câmaras Municipais ou diretamente através do governo central. Mas de que forma têm retorno no PIB? A resposta é: Por via do aumento do Consumo dessa mesma cultura. Onde o Consumo é superior ao investimento que as instituições do Estado fazem. Ou seja, vemos o multiplicador Keynesiano a funcionar, não por via de aumento do investimento privado e consequente aumento do emprego, mas sim por via do aumento do Consumo, que pode, também, ter efeitos positivos na empregabilidade.

Em termos de rácio da dívida pública, dado que este investimento tem retorno no mesmo ano, esta aposta significa uma diminuição do mesmo rácio. Contudo, o Estado com este investimento (um gasto com retorno) tem de garantir a obtenção de receitas superiores ao investimento efetuado, pois só assim é que também o peso do deficit, que não deve exceder os 3%, pode diminuir.